09042018
Agorafobia
Está associada a Síndrome do Pânico ou transtorno do pânico. Geralmente, a pessoa deixa de ir em determinados ambientes por medo. Por exemplo, sair de casa sozinha. Se algum dia ela saiu de casa a pé ou de carro e passou mal no trânsito, evita sair desacompanhada. Precisa sempre de alguém de confiança por perto. Mesmo dentro de casa, se teve um ataque de pânico, dormindo ou enquanto tomava banho, não consegue mais ficar sozinha.
As situações que desencadeiam o processo são muitas. O agorafóbico teme enfrentar congestionamentos, passar por túneis e pontes, viajar em estradas que não tenham telefones de emergência instalados a cada 1 ou 2 quilômetros, porque julga que sair dali será difícil ou embaraçoso ou, ainda, porque o socorro não estará disponível se ocorrer uma emergência.
Drauzio – Segundo a psiquiatria clássica, as mulheres têm mais depressão, mais distúrbios de ansiedade e mais distúrbios alimentares. Os homens, mais reações agressivas e maior abuso de drogas. Mulheres são mais suscetíveis aos ataques de pânico do que os homens?
Tito P. de Barros – Não sei se os ataques de pânico são mais prevalentes nas mulheres, ou se elas são mais sinceras para admitir as crises. Estudos indicam, porém, que depressão, pânico, ansiedade e fobia social são distúrbios que acometem mais o sexo feminino. Tenho algumas dúvidas a respeito desses achados, porque envolvem aspectos culturais que acabam interferindo na vida prática: homem não chora, não sente medo, não entra em pânico. Talvez, um estudo que aplique metodologia diferente não revele os mesmos valores.
Gisele Campana Fontino – Curitiba/PR – O que pode levar uma pessoa a desenvolver agorafobia?
Tito P. de Barros – Não se sabe ao certo o que leva uma pessoa a apresentar esse transtorno. Acredita-se que condicionamentos patológicos possam ser provocados por experiência aversiva, pelo ambiente em que a criança é criada e pela observação do modo de agir dos pais ou de outros adultos com os quais conviva. Por exemplo, se ela vê a mãe ficar apavorada diante de uma barata, infere que aquele inseto é perigoso. Ou se observa que a mãe treme inteira com medo da chuva e dos trovões, pode achar que essa situação é realmente ameaçadora e o quadro de fobia irá instalar-se por via da modelação ou da aprendizagem vicariante.
Fonte: https://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-2/agorafobia/
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